CasaÁvila



Tal qual um organismo vivo, nossa casa foi planeada para acompanhar nossas premissas, nossas necessidades, nossas possibilidades, no decorrer de nossa vida. Está implantada num terreno com declive, que possibilita um bom afastamento do solo, evitando umidade e permitindo uma futura expansão do espaço. Em um primeiro momento trata-se de um ambiente único que conta com espaço suficiente para um quarto, escritório, sala e cozinha, tudo separado apenas pelo mobiliário, o banheiro e a lavanderia se comunicam isoladamente do restante. As linhas formais contrapõem o conceito de arquitetura viva, com arestas abruptas formadas por um conjunto de caixas que se interceptam, formadas por concreto e vidro. A parede norte é composta completamente por grandes portas de vidro que se abrem para o futuro jardim, em oposição à fachada sul que se volta para a rua, com o mínimo de aberturas. No sentido de arquitetura viva, não se trata de um projeto fechado, e sim num princípio gerador de possibilidades que se abrem com as mudanças de perspectivas e de requisitos que a vida nos apresenta, uma vida simples, pautada no essencial e repudiando todo o possível do consumismo secular.

6 comentários:

  1. Casa 1.1 (inverno de 2015): com uma ventania, o tapume desistiu de nós e decidiu obedecer a lei... a lei da gravidade. Nos obrigando a decidir pelo muro, um muro de pedras com dois metros e meio de altura, com um portão de alumínio branco. O muro rústico contrasta com as linhas brutalistas da casa e o portão faz contraponto com o muro.

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  2. Casa 1.1.1 (inverno de 2015): no embalo da obra, decidimos fazer o porão, um espaço previsto mas não definido, que foi projetado durante a execução. Um espaço em três níveis com pé-direito reduzido, constituído por muros de contenção em pedras e piso em blocos intertravados de concreto, mantendo o espaço aberto para o jardim principal, futuro pomar. No lado da entrada o terreno foi regularizado, feito os meio-fios e o pavimento do estacionamento em brita, onde cabe cerca de cinco carros.

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  3. Casa 1.2 (outono de 2016): com a iminente chegada de nosso primogênito, teriamos de providenciar a individualização dos quartos. O projeto foi executado em madeira envernizada, dando um aspecto mais rústico, em contraste com a austeridade do restante da casa, proporcionando um maior aconchego.

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  4. Casa 1.2.1 (outono de 2016): com a justificativa de aproveitar a disponibilidade do construtor, empreendemos a execução do deck, todo com estrutura em madeira roliça. O pé de maracujá alcançou a cerca de tela e hoje já chega no lado sul da casa, num visual bastante natural, pois estamos a evitar a poda.

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  6. Casa 1.3 (inverno de 2021): em meio a pandemia decidimos resolver a infiltração da laje de cobertura e a falta de espaço para recebermos nosso terceiro bebê, estamos construindo o pavimento superior em woodframe, onde teremos quatro quartos, banheiro e estar íntimos, além de mezanino e sótão aproveitando a inclinação acentuada do telhado.
    Hoje publiquei um vídeo da primeira etapa concluída, todo o esqueleto da casa, pronto para receber a cobertura e o fechamento externo das paredes (https://youtu.be/X5ytwsKHi7w).

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